Este ano, da minha parte, não há mensagens nem telefonemas de boas entradas. Desejo-vos sim, umas boas saídas. Boas saídas desse pessimismo que pesou absurdamente nas vossas vidas nos últimos meses, desse pânico disfarçado em indisposições subidas, agrestes e por vezes incontroláveis com os que menos merecem, da constante insatisfação com a vossa vida e o mundo no geral. Que ‘estamos na merda’, que ‘este é o pais que temos’ e outras frases feitas semelhantes já todos sabemos… Bem sei que o futuro é incerto (acreditem que sim, quem vos escreve é uma jovem de 23 anos sem futuros projetos profissionais na sua área de trabalho e consequentemente sem condições para avanços na sua vida pessoal), mas em vez de se deixarem abater com os males do mundo e reciprocamente contribuírem para os mesmos, o meu desejo para vocês é que, dentro do que está ao nosso/vosso alcance (e acreditem que às vezes é bem mais do que aquilo que nos damos conta) façam de tudo para que o ano que vai começar contrarie ao máximo as previsões apresentadas. Façam essas mensagens de Feliz 2013 blablabla que se enviam nestes dias valer, construam um Feliz 2013 por vós, pelos vossos e por todos nós.
Havia tanto por dizer e foi o silêncio que ganhou. Caiu-se no facilitismo. Criou-se a ideia de que as situações confortáveis devem ser lúdicas, independentemente da situação, como se fosse um descontraído passeio de sábado à tarde.
Já ninguém verbaliza as suas opiniões, (será que ainda as têm?) não há pensamentos soltos sujeitos a partilha, vive-se o vazio e espera-se que a noite mude de dia.
A curiosidade e o interesse foram deixados para segundo plano, baixou-se imenso a fasquia.
Já dizia o Nandinho, quando lhe dava para ser o outro de Tavira:
“Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?”
[Álvaro de Campos]
Da última vez que aqui vim tinha ficado no ar um até para o ano. Era esse o objectivo.
Queria só deixar um breve apontamento que me reconforta a alma todos os dias: ainda se vive pela e para a música (um yey a isso!).
Que as grandes bandas continuem a tocar durante muitos e muitos anos, pelo menos até a minha surdez aumentar, para que as próximas gerações possam desfrutar da sensação que é estar a ouvi-las ao vivo, cantar as suas músicas com as quais crescemos, pular e gritar…fazer o que bem apetecer!
Que os novos ‘músicos’ continuem a ter os seus fãs mas que os mesmos tenham o prazer de sentir a música pelo que ela é, e não por todo o processo comercial e de marketing que cada vez mais parece definir os novos artistas.
Era isto..até para o ano! - agora não é para vocês. É para o Alive ;)
Seguindo a onda de resoluções de ano novo que assalta o país e os blogs nesta altura do mês, tenho apenas a registar que o momento de ser feliz é agora. Não daqui a uns dias quando agendar um compromisso que me realize, não daqui uns meses quando conseguir juntar toda a gente que adoro à volta de uma mesa, e muito menos no dia 31 quando fizer o balanço anual. Agora. Quero tudo isso que todo o ser humano deseja, com as minhas particularidades incluídas, sem no fundo querer nada.
Hoping for the best, o que vier virá e será recebido da forma que na altura me parecer adequada.
Bom 2011 minha gente.
A Ana faz anos hoje. Gostava muito de lhe escrever um texto fofinho. Também gostava de não ir trabalhar amanhã. Gostava que desse o sozinho em casa, que este Natal não vi. E de não ter a tradicional dor de barriga natalícia. Gostava de ter uma amiga a quem pudesse ligar a meio da noite, para me ajudar a enterrar um cadáver, de alguém muito mau que me tivesse chateado. Gostava que ela viesse sem fazer perguntas. Ainda mais do que isso gostava de partilhar aqueles momentos parvos típicos da minha pessoa, como fazer ‘Awww’ quando vejo um cão fofinho sem reparar que ao lado está uma anã, que me lança de imediato um olhar morre-sua-otária . Gostava de fazer maratonas de filmes, falar sobre tudo e nada e de mandar bitates futebolísticos com alguém. Era giro. Mas o que eu adorava mesmo era ter alguém que me fosse buscar à escola e me levasse ao Starbucks…ter aquela coisa super estereotipada chamada de melhor amiga. Ah espera, afinal tenho e diz que faz anos hoje.
Parabéns =)
1.
Dado a proximidade da minha escolinha ao estabelecimento que vende os tão adorados pastéis de Belém, não percebo por alminha de quem é que ainda não me foram visitar.
2.
(Se não se chamam Ana Gomes não vos interessa)
A distância da imagem anterior é muitoooo maior que esta:
Bem sei que já não passo por aqui há algum tempo, mas hoje é um dia diferente.
O senhor do adeus animava a noite de todas as pessoas que passavam pelo Saldanha e Restelo. Pessoalmente só o encontrei na rotunda do Saldanha e perto do El Corte, onde todos os domingos fazia questão de ir ver um filme dado a sua paixão por cinema.
Ao longo dos anos vemos pessoas que não conhecemos partir. É triste porque perdemos almas de grandes contributos, ou cinéfilos ou actores ou…qualquer coisa. Mas com o João é diferente, não há apenas aquela tristeza por saber que nunca mais o vamos ver, mas sim um sentimento de perda do afecto que tão gentilmente nos dava, sem pedir nada em troca.
Um adeus ao senhor que me explicou o (verdadeiro) significado do aceno.
Um adeus ao senhor que não se importou de ser diferente.
Um adeus ao eterno Senhor do Olá, era assim que gostava de ser chamado.
Era uma vez uma menina que queria ser feliz...
Enquanto procura um caderno vai pensando na decisão que tomou. Prepara-se para uma longa aventura, a maior em que já mergulhou, a de uma vida (quase) nova. Novos hábitos, novas pessoas, novos desafios. Todo o seu ser está num frenesim, saltitando entre a excitação e o receio do desconhecido. Ocupa-se com arrumações de última hora, até ao último detalhe, tentando não pensar no que poderá correr mal e afastando os pensamentos negativos que ocasionalmente aparecem.
Acorda ensonada mas encorajada pela promessa da novidade. Antes de sair, olha em redor e observa os resquícios dos últimos tempos, os móveis, os livros, uma vida que lhe parece imensa, um lugar seguro que estará sempre à sua espera. Com um sorriso desafiador fecha a porta e encara o mundo.
Durante grande parte do caminho distrai-se com a sua música, ou a observar os comportamentos e rotinas matinais. E assim continua até quase ao fim da viagem, onde desperta entre um misto de nervosismo e excitação.
Avança pela rua a passos rápidos e desengonçados, tropeçando nela própria e em pedras da calçada, o que a deixa cada vez mais nervosa e ligeiramente irritada. Mas depois, como se estivesse predestinado, avista o seu destino no fim da rua, que lhe sorri cheio de vontade de a receber.
Nesse momento, todos os medos, questões, nervos e afins se dissipam na certeza que tomou a decisão correcta.
Era uma vez uma menina que queria ser feliz... e para lá caminha.
Cruzaram-se numa manhã de uma típica rua lisboeta, assaltada de gente apressada e atarefada com a sua vida. Ela ia envolta nos seus pensamentos ao som da sua música de eleição para viagens matinais, ele nas suas divagações anti-sociedade. A certo ponto os seus pensamentos enveredaram pelo mesmo caminho, reparando perplexos que apesar de a rua estar cheia de pessoas, cada uma delas se sentia só. Ninguém reparava em ninguém, tal era a pressa quotidiana. Ao olharem em redor para verificarem se não seria apenas um exagero dos seus cérebros, os seus olhares cruzaram-se.
Ela sorriu, ele correspondeu.
E assim seguiram caminho, com sentimento interior que os reconfortou durante o resto do dia, levando-os a reflectir toda a noite.
No dia seguinte, ela desviou-se do seu percurso habitual e seguiu pelo caminho da rua onde o tinha encontrado. Caminhou calmamente, procurando-o por entre as almas solitárias que por ali deambulavam. Não o avistou nesse dia, nem no seguinte. Continuou com esta rotina durante tempos onde se sentia num turbilhão, uma bomba relógio pronta a explodir assim que o visse. Passado algum tempo rendeu-se à evidência que tinha sido apenas um feliz acaso.
Era Outono e nunca chegou a ser Verão.
1) Não há trânsito aos domingos de manhã (sim, em pleno centro de Lisboa)
2) Ninguém apanha o metro às 8h30 ao domingo
3) Ah e tal, domingo é o dia da igreja...o tanas! Antes das 11 nem os sinos tocam
4) Os turistas tiram fotos a TUDO no Rossio 'Oooooh rain, amazing' 'two ugly birds, wow'
5) Os cafés da Rua da Quinta da Alarmagem não querem saber dos clientes ao domingo: A Pizzaria migra para Itália e 'A vida é Bela', mas só de 2a feira a sábado
6) A RFM deve ter um contrato qualquer com a Restart, dado que deram a fireflies, também conhecida como meu despertador, sensivelmente 5 vezes,em 45 minutos...curiosamente sempre que eu estava prestes a adormecer
7) Bebi um café num sitio que estava a dar aquela música super mellow do Tim 'Procuro à noite um sinal de ti tralala' em repeat. É uma bela forma de neutralizar a cafeina e vender mais coffes, ena ena
8) O Workshop de Edição Criativa de Vídeo é a única coisa que impete o meu suicídio às 8h30 a um Domingo
9) Amanhã vou dormir 12 horas
10) Já chega
assim assim, a dar para o bom