"I'm finding my way back to sanity again
Though I don't really know what
I'm gonna do when I get there
Take a breath and hold on tight
Spin around one more time
And gracefully fall back to the arms of grace
I'm looking past the shadows
In my mind into the truth and I'm
Trying to identify
The voices in my head
God, which one you
Let me feel one more time
What it feels like to feel
And break these calluses off of me
One more time"
[Lifehouse]
Hoje apetecia-me voltar para a cama e ficar lá o dia todo.
Hoje a minha avó disse:
'Ah já vi o filme que me emprestas.t, o bilionário (quem quer ser bilionário). Também vi o outro que tava lá no dvd, o dos vampiros daqueles teus livros (foi ela que andou comigo à procura dos livros durante 15 dias). Gostei muito dos dois. [blablabla=D]'
Embora não sejam muito importantes, estas pequeninas coisas fazem do 'hoje' uma coisa bonita.
Por esta altura, metade de voçês ao ler o título deu um pulo de alegria 'Boa Sofs, já era tempo de fazeres um post sobre isso', enquanto a outra metade que não é tão parva arrastou discretamente a setinha do rato até à cruzinha da janela e foi jogar xadrez online (sim, é esse o tipo de pessoas que não se interessa pelo acto de validação do passe).
Se andam de autocarro, de certeza que já repararam nos comportamentos muito pouco normais de certas pessoas.
Hoje irei focar-me apenas num: o acto de validar o passe.
“Porque é que vais ‘falar’ sobre isso e não sobre as pessoas super fixes que falam ao telemóvel com um determinado volume de voz, que permite que todo o autocarro oiça?”
Porque o acto de validar o passe é super difícil e fascinante!
Ora vejamos:
1º passo: Tirar o passe/7 colinas da mala ou do bolso;
2º passo: Passar o título de viagem em questão na maquinazita amarela;
3º passo: Verificar se esta faz pii e acende uma luzinha verde, que nos permite ser felizes o resto do dia ou se pelo contrário, acende uma luz vermelha e emite um piiiii, em jeito de vai-mazé-carregar-isso-meu-grande-aldrabão mas entretanto arrota-1,40€-e-pode-ser-que-ainda-apanhes-um-lugar-sentado-ao-pé-do-Sr.Malcheiroso;
4º Guardar o passe/7colinas na mala ou bolso.
Como podem ver é um processo muito complicado, o que explica que num autocarro onde vão 30 pessoas apenas 3 consigam alcançar o objectivo. As outras almas desesperadas por validar o passe correctamente, tentam inúmeras técnicas como o famoso ‘arrastão da mala’ (senhoras que têm o passe/7 colinas na mala e, como tal, encostam o acessório à maquinazita amarela, esfregando-a da direita para a esquerda e vice-versa e, muitas vezes, num acto de puro desespero, chegam mesmo a virar a pobre mala ao contrário) ou o ‘esfrega mamilos’ (senhores que têm o passe/7colinas no bolso da camisa, religiosamente passada e engomada pela Sra esposa deles, e que num movimento de pura agilidade encostam-se à maquinazita amarela e fazem uma dança muito semelhante à que o pavão faz em altura de acasalamento, até que a mesma emita um pii e acenda a luzinha verde).
Agora falando a sério, vamos observar com atenção a seguinte foto:
Não parece difícil pois não?
De qualquer modo, estas pessoas merecem uma salva de palmas pelo momento que proporcionam aos outros passageiros do autocarro.
Um bem-haja a todas as criaturas que animam as minhas viagens de autocarro!
'Neste baile de máscaras onde toda a a gente dança
E homem que baila por gosto às vezes perde a esperança
Agarro-me ao que posso, quando posso agarrar
Faço o meu possível para me tentar orientar
Dito as minhas regras, e deixo o fato no armário
Podes crer, a mim não me tiram pinta de otário
Danço quando quero e controlo bem a batida
Porque a vida neste tom às vezes pode ser fodida.'