Serve o seguinte post para vos informar que acabei de falar com a minha mãe ao telefone e soube do seguinte:
- Ando a jogar pacman no teu blog.
É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!
É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.
[Manuel Alegre, O Canto e as Armas]
Hoje de manhã fui fazer análises ao sangue, e qual não é o meu espanto quando dou por mim a tremer que nem varas verdes enquanto conduzo para o meu destino.
Quando era pequenina gostava de ir tirar sangue, até ficava a olhar para a agulha a entrar na minha pele e o sangue a sair, vermelho bem vivo! Assim sendo, toda esta situação de nervos por ir a análises era estranha e nova para mim. E como em todas as situações estranhas da minha vida, deu-me para imaginar uma continuação igualmente bizarra que consistia sucintamente nisto: Um médico com uma agulha gigante embrulhada numa manta, tal e qual se faz a um recém-nascido, a dizer-me ‘Parabéns, é uma menina!’
Não sei bem, mas tenho um feeling que não foi nada disto que a minha mãe sentiu quando lhe disseram esta mesma frase…
Anywaay, antes que comece uma onda ‘Iiih a Sofs agora é pussy’, ficam a saber que depois correu tudo bem, os meus instintos masoquistas voltaram a invadir o meu ser e sentei-me lá na cadeirinha a olhar para o meu sangue a sair, tal e qual uma criancinha feliz!
A Ana, essa criatura que já esteve presente aqui no blog, está prestes a ir de Erasmus.
Ah e tal porque é giro, enriquecedor e assim já tenho casa quando quiser ir a Turim…e nos outros dias?
Como é que vai ser quando estiver, simultaneamente, a chover e a dar Anatomia de Grey?
Ou quando (se) o Benfas for campeão?
A que festas de/com músicos é que me vou cortar agora?
E as conversas, maratonas de filmes e de séries? E a queima das fitas?
Ok, é possível fazer isso tudo com outras pessoas. Mas não é a mesma coisa. És a Ana, a única ressacada aprovada maternalmente, a amiga com quem se pode sempre contar, que ri, que chora e que não entra em pânico com abelhas quando eu não me controlo (leia-se sempre).
Contigo até o silêncio é confortável, porra!
Não me vou alongar num rol de lamechices, nem te vou dizer para te divertires e aproveitares bem porque parece banal, e também porque sei que o vais fazer (fazes sempre, em tudo!). Vou só deixar o apelo (pleaaaaaaaaaaase :p) que escrevas regularmente no blog para ir tendo notícias tuas, que não te cases com um italiano e fiques aí a viver para sempre, que tenhas cuidado com a hipotermia e que não te mates a andar de vespa.
Sendo assim, Até já*
Sim, eu disse que dava novidades do curso... pff que massada.
Descrever uma marca, com a qual tenha uma relação forte, como se a mesma fosse uma pessoa, com sentimentos humanos, idade, etc.
O meu nome é Coca – Cola, sou portuguesa e tenho 33 anos. A minha tetra tetra tetra avó vivia na América do Norte, e apesar de ter família espalhada por todo o mundo decidi conhecer Portugal.
Neste momento a vida sorri-me. Tenho muitos amigos, um emprego estável e uma família que me faz muito feliz. O meu filho mais novo, o Coca – Cola Zero, gosta muito de viajar e descobrir novas cidades, enquanto a minha filha Light já começa a criar raízes. Não pensem que sempre fui assim tão feliz...passei por algumas situações complicadas, umas vezes devido a crises económicas do país, outras devido a palestras de médicos. Sim, é verdade, apesar do meu esbelto aspecto vermelho e branco, os médicos não gostam muito de mim…Enfim, não se pode agradar a todos.
Mas a pior altura da minha vida foi, sem dúvida, quando a Pepsi se mudou para cá. A minha mãe sempre me avisou para ter cuidado com a família Pepsi, uma vez que eles sempre tiveram um prazer especial em nos ver infelizes. Mal chegou começou logo a fazer testes para provar que era melhor que eu, nem tive direito a um telefonema de cortesia…passei noites em claro, sem saber o que fazer. Mal conseguia respirar só de imaginar que todos os meus amigos iriam passar a ser amigos dela.
Felizmente, eles não se deixaram influenciar e continuaram fiéis. Certo dia, em conversa sobre esses tempos, um amigo de longa data disse-me que não me tinha trocado pela Pepsi porque eu transmitia felicidade, alegria e apesar de inicialmente ter estranhado conhecer alguém assim, depois a sensação de bem-estar que sentia sempre que estava comigo entranhou-se.*
Espero continuar a ser sempre como sou e viver esta felicidade durante mais anos.*
(*referência ao 1º e ao actual slogan da Coca cola em Portugal: 1ª – Primeiro estranha-se, depois entranha-se; Actual – Abre a felicidade!)
Acende um cigarro ao vento, rema contra a maré.
Sê responsável, sem correntes, beija a liberdade e faz o favor de ser feliz!
Nunca foi sobre ti, nem sobre mim.
Vais ser sempre composto por múltiplas personalidades, que nunca vou conhecer por completo, por vulcões, uns adormecidos outros a fazer estragos, por tornados, por dias gloriosos, por amanheceres, pelo bem e pelo mal. E, acredita, nem sempre vais estar equilibrado.
Mas sabes os finais dos filmes, quando eles finalmente ficam em paz e felizes? Se calhar é isso que acontece quando os planetas se alinham e as estrelas sorriem…essas tretas românticas. Bem sei que a vida não é um filme (tem dias!), e não estou de todo a queixar-me, até tens sido meu amigo.
Não me interpretes mal, não perdi a fé na humanidade (ainda), mas não posso ficar à espera que mudes por mim, e muito menos que sejas simpático e me dês tudo o que eu preciso. Não sou ingénua a esse ponto. Já o fui, e culpo a Disney por isso, mas a verdade é que nessa altura ainda não te conhecia desta forma.
Nunca foi sobre ti, mas afinal agora é sobre mim.
'Toda a gente rouba alguma coisa a alguém: dinheiro, ideias, trabalho, tempo, paciência, até a própria vida.
Apenas a alma não se rouba porque esta só pode ser comprada (ou melhor vendida) pelo próprio dono, o que de resto muitos de nós fazemos com bastante agrado e, eu diria até, por um módico preço.' Rui Zink
É hoje! É hoje que as minhas noites voltam a ficar preenchidas de cromos, que teimam em ser idolos!
Um bem haja a estas criaturas!
assim assim, a dar para o bom