Era uma vez uma menina que queria ser feliz...
Enquanto procura um caderno vai pensando na decisão que tomou. Prepara-se para uma longa aventura, a maior em que já mergulhou, a de uma vida (quase) nova. Novos hábitos, novas pessoas, novos desafios. Todo o seu ser está num frenesim, saltitando entre a excitação e o receio do desconhecido. Ocupa-se com arrumações de última hora, até ao último detalhe, tentando não pensar no que poderá correr mal e afastando os pensamentos negativos que ocasionalmente aparecem.
Acorda ensonada mas encorajada pela promessa da novidade. Antes de sair, olha em redor e observa os resquícios dos últimos tempos, os móveis, os livros, uma vida que lhe parece imensa, um lugar seguro que estará sempre à sua espera. Com um sorriso desafiador fecha a porta e encara o mundo.
Durante grande parte do caminho distrai-se com a sua música, ou a observar os comportamentos e rotinas matinais. E assim continua até quase ao fim da viagem, onde desperta entre um misto de nervosismo e excitação.
Avança pela rua a passos rápidos e desengonçados, tropeçando nela própria e em pedras da calçada, o que a deixa cada vez mais nervosa e ligeiramente irritada. Mas depois, como se estivesse predestinado, avista o seu destino no fim da rua, que lhe sorri cheio de vontade de a receber.
Nesse momento, todos os medos, questões, nervos e afins se dissipam na certeza que tomou a decisão correcta.
Era uma vez uma menina que queria ser feliz... e para lá caminha.
Cruzaram-se numa manhã de uma típica rua lisboeta, assaltada de gente apressada e atarefada com a sua vida. Ela ia envolta nos seus pensamentos ao som da sua música de eleição para viagens matinais, ele nas suas divagações anti-sociedade. A certo ponto os seus pensamentos enveredaram pelo mesmo caminho, reparando perplexos que apesar de a rua estar cheia de pessoas, cada uma delas se sentia só. Ninguém reparava em ninguém, tal era a pressa quotidiana. Ao olharem em redor para verificarem se não seria apenas um exagero dos seus cérebros, os seus olhares cruzaram-se.
Ela sorriu, ele correspondeu.
E assim seguiram caminho, com sentimento interior que os reconfortou durante o resto do dia, levando-os a reflectir toda a noite.
No dia seguinte, ela desviou-se do seu percurso habitual e seguiu pelo caminho da rua onde o tinha encontrado. Caminhou calmamente, procurando-o por entre as almas solitárias que por ali deambulavam. Não o avistou nesse dia, nem no seguinte. Continuou com esta rotina durante tempos onde se sentia num turbilhão, uma bomba relógio pronta a explodir assim que o visse. Passado algum tempo rendeu-se à evidência que tinha sido apenas um feliz acaso.
Era Outono e nunca chegou a ser Verão.
1) Não há trânsito aos domingos de manhã (sim, em pleno centro de Lisboa)
2) Ninguém apanha o metro às 8h30 ao domingo
3) Ah e tal, domingo é o dia da igreja...o tanas! Antes das 11 nem os sinos tocam
4) Os turistas tiram fotos a TUDO no Rossio 'Oooooh rain, amazing' 'two ugly birds, wow'
5) Os cafés da Rua da Quinta da Alarmagem não querem saber dos clientes ao domingo: A Pizzaria migra para Itália e 'A vida é Bela', mas só de 2a feira a sábado
6) A RFM deve ter um contrato qualquer com a Restart, dado que deram a fireflies, também conhecida como meu despertador, sensivelmente 5 vezes,em 45 minutos...curiosamente sempre que eu estava prestes a adormecer
7) Bebi um café num sitio que estava a dar aquela música super mellow do Tim 'Procuro à noite um sinal de ti tralala' em repeat. É uma bela forma de neutralizar a cafeina e vender mais coffes, ena ena
8) O Workshop de Edição Criativa de Vídeo é a única coisa que impete o meu suicídio às 8h30 a um Domingo
9) Amanhã vou dormir 12 horas
10) Já chega
assim assim, a dar para o bom